As linhas flexíveis equivalem a dutos que empregados no transporte do petróleo ou gás do fundo do mar até a superfície para as plataformas, navios ou ainda a injeção de gás no reservatório. São estruturas formadas por várias camadas, onde cada camada possui uma função específica. As camadas sobrepostas e intercaladas conferem ao duto mobilidade. A mobilidade favorece a sua aplicação no meio de operação, que é sujeito a correntes marítimas, ondas e ventos.
As linhas flexíveis são alternativas mais atrativas que as linhas rígidas, devido à maior resistência à corrosão, maior resistência à fadiga e facilidade de instalação.
As principais aplicações das linhas flexíveis são:
- Produção/exportação de óleo: linha que promove o transporte do óleo do poço até a plataforma de produção ou entre unidades flutuantes.
- Injeção de água: linha que controla a pressão no poço através da injeção de água.
- Injeção de gás: linha que controla a pressão do poço através da injeção de gás.
- Gas-lift: linha que possui como objetivo a melhoria das características do fluido, facilitando o seu transporte até a unidade de produção através da injeção de gás tratado.
- Umbilical: linha que conecta sistemas de controle entre poços ou manifolds de produção/injeção e plataformas de produção.
Tipos de linhas em um sistema submarino
Dependendo da posição das linhas flexíveis em um sistema marinho, elas podem ser classificadas como:
Risers: são dutos que conectam as plataformas ou navios a uma flowline ou uma instalação submarina. O riser pode ser estático ou dinâmico, dependendo do equipamento de superfície (se este encontra-se fixo ou não).
Flowlines: são dutos empregados no fundo do mar, parcialmente sobre o fundo do mar, ou enterrados sob a areia do leito marinho. São usados em aplicações estáticas para conectar equipamentos submarinos aos dutos flexíveis de uso dinâmico, como risers, ou dois equipamentos submarinos.
Jumpers: trechos pequenos empregados no fundo do mar ou na superfície em aplicações dinâmicas ou estáticas.
Linhas flexíveis de materiais compósitos (TCP)
O aço é o material mais utilizado na produção de risers, em águas profundas e ultraprofundas. Entretanto, o aumento da profundidade da lâmina d’água sobrecarrega a plataforma com o peso do riser e encarece o sistema. Os risers de materiais compósitos surgiram como uma solução atrativa e viável. Os materiais compósitos possuem maior resistência à fadiga e podem ser projetados para ter maior resistência nas direções das cargas, além de serem melhores isolantes térmicos. Além disso, um riser de compósito é aproximadamente 50% mais leve que um similar de aço, o que na prática permite que o riser atinja uma profundidade 30% maior sem modificar a estrutura da plataforma.
Muitos compósitos poliméricos têm sido estudados para a aplicação em linhas flexíveis. Tubos compósitos termoplásticos (TCP) estão sendo desenvolvidos para aplicação em águas profundas.
Os TCPs são formados por camadas aderentes (“bonded”) entre si, em que a configuração consiste em: revestimento interno (Liner), laminados reforçados com fibras e matriz termoplástica, revestimento polimérico externo e um revestimento de peso externo (opcional). A matriz termoplástica e ambos os revestimentos são feitos do mesmo polímero termoplástico. Os TCPs reduzem o peso sobre a unidade flutuante de produção, além de promover maior resistência à pressão e temperatura.